Vocação: caminho para a felicidade!

A Parábola dos Talentos (Mateus 25, 14 e seguintes) tem várias interpretações. Uma delas é sobre a segunda vinda de Jesus, quando prestaremos conta do que fizemos com o que Deus nos deu. Porém, por ser o mês das vocações, foquemos no seu sentido mais direto: os talentos humanos que Deus nos deu.

Vocação é descobrir para que Deus nos trouxe ao mundo. Ele não precisa de nós, mas quer precisar. Ele quis que a restauração do mundo passasse por nós, para que fossemos ferramentas dessa finalidade.

Por isso, confiou-nos talentos, conforme a nossa capacidade. Como percebemos ao longo da parábola, é preciso aprimorar nossos talentos para que eles gerem frutos. A vocação do outro pode ser inspiração para nós, mas não nosso foco; pois, assim como ele tem sua finalidade, também temos a nossa. Qual é essa finalidade? Qual o nosso objetivo?

Algumas ferramentas servem para vários objetivos, outros para um objetivo bem específico. Assim são as pessoas, seus talentos e suas vocações. Seria muito absurdo se uma pessoa se sentisse mal por ser diferente da outra? Não, pois o mundo nos coloca estereótipos. Contudo, Deus não nos vê com distinção, ama a todos por igual, pois o essencial está dentro de nós. E Ele quer que busquemos conhecer a nossa essência, a nossa vocação.

E quando aceitarmos quem somos, não perderemos mais tempo com coisas fúteis ou que não fazem parte da nossa missão. O que Deus pede de nós como Igreja, está relacionado a quem somos, porque Deus não quer que mudemos – renunciar a nossos pecados e falhas, sim, mas não à nossa essência.

A cilada do inimigo é fazer com que tenhamos medo de seguir nossa vocação, fazer-nos enterrar os talentos. Por exemplo: esperar estar perfeito no nosso talento para servir a Deus. Cada 'não' que dissermos, não impedirá a continuidade do projeto de Deus, porém, quem perde é quem falta, pois se for fiel no pouco, Deus confia mais. “Servo bom e fiel, venha alegrar-se com o teu Senhor!”

Queridos, o pior sentimento do mundo é não ter sentido na vida. Por mais que a pessoa seja boa, ela sente um vazio que só será preenchido pelo amor de Deus e pela realização de sua vocação.

Mesmo com nossa fé pura, nem sempre entendemos que o fato de Deus não nos conceder o que pedimos, é porque Seu plano é muito maior! Não precisamos entender seus desígnios, mas precisamos ser fieis.

Assim como Maria disse SIM, sem saber como geraria Jesus, entreguemos nossos talentos e o Espírito Santo agirá de acordo com eles e com quem CADA UM DE NÓS É! Se compreendermos que cada um tem seu caminho em busca de santidade, seremos felizes. Basta. Ser. Fiel.

Santidade não significa não errar, significa levantar-se e tentar novamente. Sempre.

À Deus não importa nosso tamanho, mas se fazemos bom uso de nossas capacidades. Olhe para si e pense: estou fazendo o meu melhor?

Se teus sentimentos forem ruins, não os torne pecados por agir baseado neles. Se você disser não à aquilo que sentimentos como ira, inveja, entre outros, fazem você querer fazer, está vivendo a santidade.

Deus não quer nossa música, profissão ou o que sai dela. Ele prefere uma ferramenta que se deixa manusear, do que uma ferramenta melhor, mas que quando Ele tenta guia-la, ela não deixa. Ele quer docilidade e entrega.

Nunca se esqueça que Deus é o médico e nós somos apenas o bisturi. Nós os músicos, mas Deus o maestro. Portanto, para crescer na vocação e na fé, e preciso OUVIR A VOZ DE DEUS a todo instante.

Tudo que Deus faz é bom, nós é que não nos damos o trabalho de tentar compreender, de sofrer as demoras de Deus e permanecer na fé. Pois, ele vai nos podar, nos moldar; se preciso, nos quebrar e refazer. Só assim chegaremos à santidade. Pois, sem Ele, nosso caminho é tortuoso.

Deus suporta nossos erros. Deixe de ser dono de si mesmo ou de achar que não presta. Quem Deixa Deus ser Deus, vê melhor. E isso é santidade, pois suportaremos tudo, na paz que a santidade e a intimidade com Deus trazem.

• Olhe para dentro de si. Deus que que você seja feliz, portanto não vai violentar sua liberdade ou os talentos que Ele próprio te deu.

• Mas Ele pode reordenar suas prioridades e colocar os seus desejos em ordem com a sua vocação, para que você amadureça, cresça na fé e seja verdadeiramente feliz.

• Para isso, pode ser preciso que você seja moldado, e toda vocação ou profissão tem algo que você não vai gostar muito de fazer, mas faz parte de toda missão.

• Descubra o que você gosta, o que faz teu coração pulsar. Acolhida? Pregação? Música? Intercessão? Deixar um lugar mais bonito e aconchegante? Cozinhar? São tantas profissões, e todas podem servir a Deus!

• Com os seus talentos, o que Deus pode fazer através de você para o mundo ser um pouco melhor?

Lembre-se da Virgem Maria e permaneça fiel.

Daniel Godri Junior

Éfeta – Comunidade Católica de Evangelização

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