Formação: Um ato de integridade.
- Éfeta Comunidade Católica
- Feb 15, 2013
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Pegou-nos de surpresa a renúncia do Papa Bento XVI. O último caso de renúncia aconteceu há mais de 500 anos, com o Papa Gregório XII, em 1415. Mas, o que falar a respeito?
Se pensarmos somente no ato em si, corremos o risco de achar que foi uma atitude covarde – de desistência ou fraqueza. Contudo, aos 85 anos de idade, o Sumo Pontífice que exerce funções na Igreja de Cristo há mais de 60 anos, optou por não continuar ao declarar à imprensa ter consciência da importância de estar à frente da Igreja fundada por Cristo, representando a cátedra de São Pedro. Ou seja, renunciou não por fraqueza, mas por convicção de estar fazendo o melhor para a Igreja, não para si próprio.
Quando uma pessoa comete algum ato deve-se sempre levar em conta a sua consciência e a reta intenção do ato. Ambas são de fórum íntimo e de difícil julgamento por terceiros. A consciência, segundo o catecismo, é uma voz interior que Deus colocou em cada ser humano para inspirá-lo a tomar as decisões corretas. Enquanto que a reta intenção significa sempre tentar agradar a Deus com seus atos. O antecessor, João Paulo II, seguiu sua consciência quando apesar do mal de Parkinson, do atentado sofrido, das crescentes debilitações, optou por continuar até que Deus o levasse. João Paulo II teve a reta intenção de, continuando o seu pontificado apesar da dor, agradar a Deus. Bento XVI também. Um, continuando. O outro, renunciando. Ambos seguindo sua consciência e com a mesma intenção: promover o melhor bem possível à Igreja de Cristo confiada aos seus cuidados. Continuar é um ato de santidade e até de heroísmo. Mas renunciar ao poder, as honras de ser Papa, também. A meu ver, ambos merecem de nós grande respeito. Oremos, e muito, para que Deus coloque um homem segundo Sua vontade como sucessor de Bento XVI e de São Pedro.
São Pedro, primeiro Papa, rogai por nós!
Daniel Godri Jr. – membro da Comunidade Éfeta, escritor e palestrante.
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